Resumen La pregunta que mejor se aviene para expresar el ámbito general de este trabajo es: ¿Qué significa la solidaridad para los jóvenes de las comunas de Medellín que forman parte de grupos o colectivos sociales? La realización del estudio tomó más de un lustro: 2010-2017, y guiados por este interrogante se pudo explorar, mediante la observación directa y la entrevista en profundidad, cómo grupos de jóvenes de sectores populares de la ciudad de Medellín le otorgan sentido a sus días y a sus noches, más allá de la pura sobrevivencia. Por supuesto, la pregunta inicial lleva implícita una parte de la respuesta, pues supone que estos chicos, al estar vinculados a organizaciones sociales, de alguna manera son solidarios, lo que nos obligó, adicionalmente, a preguntarnos: ¿Por qué lo son, cómo lo son y qué importancia o valor le otorgan a ello? El presente texto pretende, mediante una escritura narrativa, situar estas cuestiones, y al hacerlo, darle contexto a otras formas de ser joven en los sectores populares de una ciudad y una sociedad profundamente desiguales. El escrito, en su conjunto, es un intento de ilustrar las apuestas éticas y políticas de los jóvenes de las comunas, a partir de las cuales encaran situaciones marcadas por el dolor y el sufrimiento. De este modo, mientras en la primera parte: La solidaridad del día a día en la comuna, abordamos asuntos tales como la búsqueda de retribución y la experiencia de la mutualidad; en la segunda: Las variaciones de la experiencia solidaria, nuestra atención se centra en las figuras sociales que, de un lado, facilitan sus acciones solidarias y, del otro, la obstruyen. Finalmente, en la tercera parte del escrito analizamos el papel de los sentimientos morales en la justificación de su accionar social y estético.
Abstract The best question to express the general scope of this work is: What does solidarity mean for the young men and women of the Medellín slums who are part of social groups or networks? The study took was carried out for over five years (2010-2017) and, guided by this question, we were able to explore, through direct observation and in-depth interviews, how groups of youth from poor sectors of Medellín give meaning to their days and nights, beyond mere survival. Naturally, the initial question implies part of the answer, assuming that these guys, by being part of social organizations, are in some way supportive, which also forced us to ask ourselves: Why are they supportive, how, and what is its significance or value to them? This paper aims, through narrative, to situate these issues and, by doing so, to give a context to other ways of being young in the poor sectors of a deeply unequal city and society. The document, as a whole, is an attempt to illustrate the ethical and political stakes of young men and women from the slums, where they have to face situations that are marked by pain and suffering. As a result, in the first section, "Day-to-day solidarity in the slums," we address certain topics such as the search for retribution and the experience of mutuality. In the second section, "Variations of the solidarity experience," we focus on the social figures that facilitate their solidarity actions, on the one hand, and those that obstruct them, on the other. Finally, in the third section, we analyze the role of moral feelings in the justification of their social and aesthetic actions.
Resumo A pergunta que pode expressar da melhor forma o âmbito geral deste trabalho é: o que significa a solidariedade para os jovens das favelas de Medellín que fazem parte de grupos ou coletivos sociais? A realização do estudo levou mais de um lustro: 2010-2017 e guiados por essa questão, foi possível explorar, mediante a observação direta e a entrevista em profundidade, como grupos de jovens de setores populares da cidade de Medellín dão sentido a seus dias e suas noites, além da simples sobrevivência. Certamente, a pergunta inicial leva implícita parte da resposta, pois supõe que esses jovens, ao estar vinculados com organizações sociais, de alguma forma são solidários, o que nos levou adicionalmente a perguntar: por que são solidários? cómo o manifestam? e que importância o valor outorgam a isso? O presente texto visa, por meio de uma escrita narrativa, situar essas questões, e com isso, contextualizar outras formas de ser jovem nos setores populares de uma cidade e uma sociedade profundamente desiguais. O texto, em conjunto, é um intento de ilustrar as apostas éticas e políticas dos jovens das favelas, a partir das quais confrontam situações marcadas pela dor e o sofrimento. Dessa forma, enquanto na primeira parte, "a solidariedade no dia-a-dia na favela" abordamos assuntos como a busca de retribuição e a experiência da mutualidade, na segunda, "as variações da experiência solidária", nossa atenção está focada nas figuras sociais que, por uma parte, facilitam suas ações solidárias e, por outro, a obstruem. Finalmente, na terceira parte do artigo, analisamos o papel dos sentimentos morais na justificação de seu acionar social e estético.